Chegou a primavera e ,como sempre,será bem vinda.Afinal,é a estação das flores que desabrocham numa indecência de cores e aromas,cheiros quentes e enlouquecedores,libido solta no ar.
Mesmo que você more em apartamentos e só cultive flores de plástico; ou,tenha apenas um caqueiro na varanda;ou ainda,que não se ligue em calendários ou eventos -fique certo-a primavera chegará.
Com ela chegam os pássaros cujo pipilar alegre enche de alegria o ar.São os bem-te-vis,os beija-flores ,as andorinhas.
A Natureza extrapola em luxo e beleza.
Aqui nos trópicos ela nem sempre é reparada. Só os poetas pressentem sua chegada vestida de cor de rosa e coroada de flores,iluminada e dançante.Pois só os poetas têm o poder de perceber o que ninguém percebe, como ver e entender estrelas.
Mas,nos países que saíram do fim do inverno sua chegada é quase uma remissão;sai o branco monótono e frio,o gelo que separa pessoas e vem o renascer da alegria com os primeiros raios do sol.
A primavera gerou a lenda da Bela Adormecida,aquela linda princesa que dormia até que foi acordada pelo beijo do príncipe,simbolizando a amor.
Pois,é amor que a primavera desperta.Parece que soa dentro da terra,nas suas mais íntimas profundezas um clarim tocado por mensageiros desconhecidos,acordando as árvores e as flores,os pássaros e animais e contaminando o mundo dos humanos com a febre da beleza e da alegria.
A nós nos resta assistir a essa alegria tão bela e tão efêmera.Como a juventude e a vida.
Texto:Miriam Sales
Texto:Miriam Sales
A PRIMAVERA
CASIMIRO DE ABREU
A primavera é a estação dos risos,
Deus fita o mundo com celeste afago,
Tremem as folhas e palpita o lago
Da brisa louca aos amorosos frisos.
Na primavera tudo é viço e gala,
Trinam as aves a canção de amores,
E doce e bela no tapiz das flores
Melhor perfume a violeta exala.
Na primavera tudo é riso e festa,
Brotam aromas do vergel florido,
E o ramo verde de manhã colhido
Enfeita a fronte da aldeã modesta.
A natureza se desperta rindo,
Um hino imenso a criação modula,
Canta a calhandra, a juriti arrula,
O mar é calmo porque o céu é lindo.
Alegre e verde se balança o galho,
Suspira a fonte na linguagem meiga,
Murmura a brisa: - Como é linda a veiga!
Responde a rosa: - Como é doce o orvalho!
Mas como às vezes sob o céu sereno
Corre uma nuvem que a tormenta guia
Também a lira alguma vez sombria
Solta gemendo de amargura um treno.
São flores murchas; - o jasmim fenece,
Mas bafejado s’erguerá de novo
Bem como o galho do gentil renovo
Durante a noite, quando o orvalho desce.
Se um canto amargo de ironia cheio
Treme nos lábios do cantor mancebo,
Em breve a virgem do seu casto enlevo
Dá-lhe um sorriso e lhe entumece o seio.
Na primavera - na manhã da vida -
Deus às tristezas o sorriso enlaça,
E a tempestade se dissipa e passa
À voz mimosa da mulher querida.
Na mocidade, na estação fogosa,
Ama-se a vida - mocidade é crença,
E alma virgem nesta festa imensa
Canta, palpita, s’extasia e goza.
Obrigada pela visita
Bjs da Miriam
uM MIMO PARA MIM:
Minha adorável amig, risonha e florida tal qual a primavera.
Não esqueci de você...
Divulguei aquela foto nossa (do Blog do Carlito) no jornal de Palmeira dos Índios, minha terra natal.
É para não esquecer mde você, sabe???
Abraços primaveris (será que existem? na poesia TUDO PODE!)
Isvânia Marques,Presidente da Academia de Letras de Palmeira dos Índios,AL
uM MIMO PARA MIM:
Minha adorável amig, risonha e florida tal qual a primavera.
Não esqueci de você...
Divulguei aquela foto nossa (do Blog do Carlito) no jornal de Palmeira dos Índios, minha terra natal.
É para não esquecer mde você, sabe???
Abraços primaveris (será que existem? na poesia TUDO PODE!)
Isvânia Marques,Presidente da Academia de Letras de Palmeira dos Índios,AL
Querida Miriam
Adorei seu texto. E adoro também a primavera, que aos poucos leva embora esse frio glacial da serra fluminense...
Sérgio